Crônica: Quem Fez A Lição?
João Viégas Lemes
Número:12
8ºB
Chego na
escola alguns minutos antes da aula começar, olho os horários, “Ah, não, a
primeira aula é do professor Vinícius”, e logo chegam umas dez mil pessoas para
perguntar se eu tinha feito a lição.
Ele
entra na sala com aquela cara de mal-humorado, todos sentam e ficam quietos,
faz a chamada perguntando se havíamos feito a lição, só ouço “Não, não, não
fiz, não...
O
Vinícius tem um acesso de raiva, “Vocês não querem saber da minha aula”, “Só
ficam de recuperação”,mas eu só prestava atenção nas gotículas de baba que
saíam de sua boca enquanto berrava.
Ao fim,
expulsou todos que não haviam feito a lição, fiquei eu, o “nerd” e um outro
garoto na sala. Ele sentou em sua cadeira e ficou nos encarando durante quinze
longos minutos. Queria saber o que os outros garotos estavam pensando, imaginei
que o “nerd” estava adorando a situação, pois havia um enorme sorriso em seu
rosto, “Bem feito, quem mandou não fazer a lição”. O outro estava com sono e
coçando a cabeça que nem maluco, “Caramba, piolho desgraçado”.
Só sei o
que eu estava pensando, “Ô aula bosta, queria não ter feito a lição e estar com
os outros”.
Finalmente,
bateu o sinal, todos voltaram para a sala, olhei o horário, “Ah, não,a segunda
aula é do professor Rogério”. Só ouço as pessoas gritando, “Quem fez a lição?!
Café Na Cama
João Viégas Lemes
Nº12
8ºB
Ontem foi dia das mães, e eu acordei as 7:00 para fazer um café da manhã
caprichado e servir na cama da minha querida mãe, que ainda estava dormindo
depois do dia cansativo que havia tido no trabalho.
Fiz o café e as torradas do jeito que ela gosta, fiz tudo com cuidado e
só acabei as 7:35, o café estava quente, as torradas não tão queimadas e ainda
peguei uma barrinha de cereal, coloquei tudo em uma bandeja. Com passos
silenciosos fui em direção ao quarto, passei pela primeira porta e no meio do
corredor, derrubo tudo no chão.
Fez muito barulho e mesmo assim não fui o suficiente para acordar a
minha cansada mãe. Fui correndo a cozinha pegar um pano para limpar aquela
bagunça, comecei a pensar no que aconteceria se a minha mãe acordasse e visse
aquilo, “Meu Deus, ela vai ver e eu vou levar a maior bronca da minha vida, é a
xícara da louça que ela ganhou de presente de casamento, ela vai me matar!”.
Depois de secar tudo e de recolher os pães, eu comecei a pegar os cacos
da xícara e do prato,”Não vai dar tempo,
ela vai acordar, AI! Maldito caco!”. Agora
eu tinha que recolher o resto dos cacos, cuidar da minha mão e secar o chão de
novo por conta do sangue.
Segundos depois de terminar tudo, minha mãe sai do quarto:
-Bom dia.
-Bom dia, feliz dia das mães.
-Obrigada. Nossa! O que houve com a sua mão?!